segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Amigo,leão

Em alfama tive um amigo leão,claro está não de carne e osso,nem de juba farta,o meu amigo leão era e é de pedra,ainda hoje existe,firme e resistente perdura no seu cantinho,era ele que nos refrescava depois das jogatanas que fazíamos no largo das ratas,quantas vezes a pausa no jogo se impunha para refrescar,toca a correr e galgar as escadas do beco das Barrelas,para matar a sede no nosso amigo,no largo de S.Rafael,a sede não esperava logo havia pretexto para se furar a ordem de chegada,ás tantas antes de saciarmos a sede,já  encontrava mo-nos todos molhados.Durante muitos e bons anos,o leão foi procurado pela malta para se refrescar,um destes dias impelido pelas recordações fui àquele cantinho de alfama,lá estava ele,não resisti,passei-lhe a mão pela juba e refresquei-me e continuei pela judiaria,aí a bonita fonte do poeta,não deitava gota,mas é um cantinho que fica no goto.

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