sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Recordar

Visitar alfama,faz-me bem.Na ultima peregrinação tive a companhia do meu primo,na procura de locais de culto,começamos pela rua de S.Pedro,alguém disse que a nossa rua é a nossa pátria,não vou tão longe mas que me sinto em casa naquela rua é verdade,recordo o fervilhar de tradições,as varinas os pregões a azáfama de um mercado procurado por todos...hoje um deserto comercial.                                                  A imagem da rua desses tempos é tão forte,para quem a viveu,que o Pedro comentou «nem que passem cem anos,o cheiro a peixe continuará ».                                                                                                     Mais á frente,a nossa escola primária,lembrámos as nossas professoras Maria Augusta e Maria Amélia.     Muitas gerações por ali aprenderam as primeiras letras e algarismos,e aprenderam a sofrer.                         Recordando ele um castigo que o terá marcado,pois passados quarenta anos permanece gravado,naquele tempo a régua era rainha e o ponteiro ás de paus,nem as nossas batas brancas como anjinhos eram atenuante,tudo era susceptivel de castigo,uma das réguas tinha a forma de bolacha mas ninguém queria aquele dôce. Visita obrigatória o largo das rátas,a nossa academia,o nosso multiusos,tanto talento aquelas pedras testemunharam .Passada a muralha fernandina,ao entrar na rua de S.João da Praça senti que o Pedro estava a pisar terra sagrada,ficou incrédulo ,a sua rua estava transformada num estaleiro a saque,pois era evidente que os belos azulejos que revestiam a frente de um dos prédios tem sido lapidados.                         Alfama é assim,não nos deixa indiferentes,seja nas emoções ou na vontade de gritar ,basta seus vendilhões.

Sem comentários:

Enviar um comentário